terça-feira, 30 de março de 2010

6ª Consulta dia 30/03/2010

Hoje, terça-feira, fomos ao Dr Leonardo para mais um alongamento.
Fomos rápidas na retirada do gesso, como sempre João Pedro chorou. Só que desta vez fui mais rápida.
João Pedro já faz movimentos com os pés para ambos os lados, o que antes não era possível. Observei que o pé esquerdo esta alongando mais rapidamente que o direito. É incrível quando vemos as fotos de início e como está agora.

Ao retirar o gesso, constatamos que ele sofreu uma assadura referente a beira do gesso na coxa e que seus dedões estavam feridos, bem pouco. Então o Dr Leonardo o engessou na altura abaixo do joelho para que não o ferisse mais e deixou os dedinhos dele mais a vontade.
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João Pedro movimente muito as pernas. Ele é incrível!

Como de costume, chorou muito!!!

quinta-feira, 25 de março de 2010

5ª Consulta dia 23/03/2010

Hoje ele foi com a Mãe, Pollyanna e o Pai, Alexandro como acompanhante. Ele estava mais calmo, pois estava sem o gesso, chorou na preparação do gesso, mas não tanto como das outras vezes. Em casa, ficou tranquilo, mas no decorrer dos dias gesso apertou em sua coxa, onde ficou um pouco avermelhado e seus dedões dos pés foram esfolados um pouco.
João Pedro, movimenta bastante as pernas, assustamos com o barulho do gesso batendo um no outro. Ele é muito esperto!

4ª Consulta



Após duas semanas com o gesso, chegamos bem cedo e retiramos o gesso, os pés do J. Pedro estavam inchados e ele chorou muito. Quando o Dr Leonardo o atendeu, ele viu que estava inchado, então nos informou que não iria engessar, mas nos pediu para que fizessemos um exercício com os pezinhos dele a todo momento segurando por longos períodos, para que eles não voltassem rapidamente e perdessemos uma semana do tratamento.

João Pedro voltou para casa todo contente, pois com os pés livres ele estava se sentindo o tal.

Imaginem na cabeça dele: Tomar banho por completo, bater os pés a vontade na banheira, tudo de bom..., por este lado, mas perda, no seu tratamento.
Tudo bem, não vamos nos acomodar, semana que vem tem mais.

Fica como exemplo, caso aconteça procure informação certa, sobre a retirada do gesso.

Após este incidente, o Dr Leonardo nos orientou que havendo inchaço ou roxidão, retirar o gesso imediatamente.

3ª Consulta

Mais uma semana se passou, Terça-Feira estamos outra vez no consultório médico para mais um novo gesso em uma nova posição dos pés. Só que infelizmente o Dr Leonardo não pode comparecer.
Fomos embora e ele ficou mais uma semana com o gesso. Seu pé inchou muito e a mãe abriu o gesso nos dedos dos pés e em cima na coxa o máximo que pode.

quarta-feira, 24 de março de 2010

2ª Consulta


É Terça-Feira, uma semana com o gesso, a consulta com o Dr Leonardo está marcada para às 13:00 Horas, chegamos às 11:45 e duas mães já estavam aguardando para a retirada do gesso, não tínhamos sido avisadas de como seria o procedimento, achávamos que alguém retirava o gesso, foi quando para nosso espanto, quem nos ensinou foram as mães que estavam aguardando a chegada do médico.

O Procedimento para retirada do gesso, contém em: encher um balde de água com um aquecedor, em uma banheira ir molhando o gesso para que o amoleça, facilitando assim sua retirada. A nossa sorte foi que uma das mães deixou uma faca de serra, porque se não, não conseguiríamos tirar o gesso. Nenhum enfermeiro para ajudar e nem auxiliar, até que fomos rápidas, em 01:00 hora conseguimos retirar os dois gessos isso por que eu me adiantei e comecei a serrar antes de molhálo. É duro!

Dica:
A melhor maneira é serrar o gesso seco de cima a baixo, ao máximo, e medir um dedo e cerrar novamente, assim ao molhar o gesso se dissolve rapidamente no local, oferecendo um corte no algodão mais rapidamente.

É indescritível a alegria, e o alívio que sentimos, quando retiramos o gesso e observamos o quanto os pés de J. Pedro, estavam corrigidos. É maravilhoso!

Fico imaginando quantas pessoas sofreram desta deficiência no passado e seguiram suas vidas com este dilema, por medo de grandes cirurgias que eram feitas e que hoje é tão simples de se obter um resultado, tão fantástico.

E novamente mais um escândalo de J. Pedro ele chorou muito ao retirar o gesso e ao modelar o novo gesso. Pedimos para que o Dr. Leonardo, colocasse o gesso um pouco mais abaixo, pois estávamos com medo de sujar muito ao limpálo, póis o primeiro foi bem difícil.

Desta vez em casa ele ficou mais calmo, acostumou com o gesso. Mas confessamos que o gesso mais baixo foi pior, feito a um dedo abaixo da altura do anterior, o bebê consegue mexer o joelho e assim o gesso começa a ferir a pele e a apertar na coxa, incomodando bem mais o bebê.

1ª Consulta

Eu (Simone-Vó) e a mãe (Pollyanna) levamos J.Pedro para sua primeira consulta com seu Ortopedista o Dr Leonardo, achei que o Dr iria pedir um RX para averiguar o estado do pé do bebê num todo. Levei um choque quando ele só apertou o tornozelo mexendo o pé de um lado para outro e já informando que iria engessar. Logo o questionei se ele não iria pedir nenhum RX.
Foi quando o Dr Leonardo com toda sua experiência me informou que no caso do J. Pedro não precisava.
Continuei meio cética...
Passaram mil coisas pela minha cabeça, e se as veias, Os ligamentos, as cápsulas articulares e os tendões dele não comportarem aos movimento de alongamentos e se romperem?!.
Foi um tormento, mas correu tudo bem, neuras de falta de informações...rssrs

A maioria das crianças ficam quietas e não choram, mas o J. Pedro, ele ficou roxo de tanto chorar, na verdade ele esgoelava, quando o médico alongava o seu pé para enrolar a faixa do gesso.
Entrei em pânico, meu coração não batia, doía, mas procurei disfarçar para não piorar a situação para a mãe que já estava com lágrimas escorrendo.
Assim que terminou fomos para o ponto de ônibus e não podiamos sequer mexer com suas pernas, pois ele chorava como antes, e o pior era que as pessoas nos olhavam com um olhar de reprovação, como se estivessemos o machucando e quando viram as duas pernas engessadas ai que suas faces ficaram de reprovação total.

Já fiquem avisadas as mães que passarão por esta situação. Todos irão perguntar como foi que quebrou a perna do bebê ou como as queimaram, ninguém irá indagar sobre o tratamento.

As pernas foram engessadas até em cima, a fralda descartável esbarrava na beirada do gesso. O Dr Leonardo nos explicou que a eficiência do tratamento, contava neste ponto chave, e que o alongamento feito são cuidadosos e indolores.

João Pedro não parou de chorar desde que chegou em casa e nem dormiu, passou a noite toda chorando, a mãe passou a noite com ele nos braços por não aceitar que o deitasse na cama.
Pela manhã ela não aguentou e levou o bebê para o médico avaliar se o gesso tinha ficado apertado, mas o Dr Leonardo não atendia naquele dia, então outro médico o atendeu e verificando constatou que não estava apertado.

Voltando para casa ele já ficou mais calmo e conseguiu dormir, acho que ele queria era passear...rsrsr, brincadeira.

Lógico que é muito incômodo estar com as duas pernas enjerçadas e com os pés torcidos.

Para trocar a fralda e dar banho é um tormento tem que ter duas pessoas.
Estou deixando bem claro para que vocês entendam bem o processo e não se assustem. Desistir, jamais!

O tratamento usado em J. Pedro conforme minha procura e informações dadas pelo Dr Leonardo é a técnica de Ponseti, foi desenvolvida pelo ortopedista espanhol Dr Ignacio Ponseti residente na cidade de Iowa, nos Estados Unidos. Há mais de 30 anos, ele estudou essa condição ortopédica.

A órtese de Denis Browne (a botinha)que será usada, seu objetivo é impedir a reincidencia e a perda da correção obtida com as manipulações e o gesso. O que é comum, e freqüente, exigindo o controle por parte do ortopedista com muito critério, pelo menos até os seis anos de idade. Por isso, a botinha é utilizada pelo período de 3 meses, uso contínuo, e à noite por cerca de 3 anos.

João Pedro

Nascido no dia 29/01/2010, quando os pais ficaram sabendo que João Pedro nasceu com uma deficiência, "Pé Torto Congênito Idiopático".

Ao receberem a notícia, no primeiro momento, o pai, Alexandro, chorou, já a mãe Pollyanna, ficou sem entender bem de que se tratava, devido a sircunstancia, vários médicos em sua volta, pois seu parto foi assistido por recemformados. Os familiares no entanto ao receberem a notícia, ficaram muito tristes, sem entender. A avó paterna afirmou que seu pai, o bisavó do bebê, tinha os pés tortos. Como nunca havia nascido um bebê na minha família com nenhuma deficiência física, ficamos com os corações apertados, mas foi só no primeiro momento, pois a pediatra nos confortou dizendo que não é dolorido e que ele voltaria ao normal após o tratamento. Foi como tirar 100Kg das costas, assim que vimos o J. Pedro, a preocupação deu lugar a cuidados e mimos.

Sua primeira consulta para tratamento do "Pé Torto", com o Ortopedista, o Dr Leonardo da Santa Casa, em Belo Horizonte, foi marcada pelo próprio hospital. A Mãe e o bebê saíram de alta com o encaminhamento marcado.
Não temos convênio e no primeiro momento a preocupação era de como fazer o tratamento, como conseguir, será que vai ser caro, teremos condições de pagar? Tudo passa na nossa mente tão rapidamente, nos enchendo de neuras, mas graças a Deus, tudo ocorreu bem.

Minha dica para todas as mães em que seus filhos, nasceram com o "Pé Torto" e não obtiveram o encaminhamento, como nos foi oferecido, não demorem a procurar um Ortopedista, pois quanto mais tempo passar, mais demorado e sacrificado para a criança, será o tratamento.