quarta-feira, 24 de março de 2010

1ª Consulta

Eu (Simone-Vó) e a mãe (Pollyanna) levamos J.Pedro para sua primeira consulta com seu Ortopedista o Dr Leonardo, achei que o Dr iria pedir um RX para averiguar o estado do pé do bebê num todo. Levei um choque quando ele só apertou o tornozelo mexendo o pé de um lado para outro e já informando que iria engessar. Logo o questionei se ele não iria pedir nenhum RX.
Foi quando o Dr Leonardo com toda sua experiência me informou que no caso do J. Pedro não precisava.
Continuei meio cética...
Passaram mil coisas pela minha cabeça, e se as veias, Os ligamentos, as cápsulas articulares e os tendões dele não comportarem aos movimento de alongamentos e se romperem?!.
Foi um tormento, mas correu tudo bem, neuras de falta de informações...rssrs

A maioria das crianças ficam quietas e não choram, mas o J. Pedro, ele ficou roxo de tanto chorar, na verdade ele esgoelava, quando o médico alongava o seu pé para enrolar a faixa do gesso.
Entrei em pânico, meu coração não batia, doía, mas procurei disfarçar para não piorar a situação para a mãe que já estava com lágrimas escorrendo.
Assim que terminou fomos para o ponto de ônibus e não podiamos sequer mexer com suas pernas, pois ele chorava como antes, e o pior era que as pessoas nos olhavam com um olhar de reprovação, como se estivessemos o machucando e quando viram as duas pernas engessadas ai que suas faces ficaram de reprovação total.

Já fiquem avisadas as mães que passarão por esta situação. Todos irão perguntar como foi que quebrou a perna do bebê ou como as queimaram, ninguém irá indagar sobre o tratamento.

As pernas foram engessadas até em cima, a fralda descartável esbarrava na beirada do gesso. O Dr Leonardo nos explicou que a eficiência do tratamento, contava neste ponto chave, e que o alongamento feito são cuidadosos e indolores.

João Pedro não parou de chorar desde que chegou em casa e nem dormiu, passou a noite toda chorando, a mãe passou a noite com ele nos braços por não aceitar que o deitasse na cama.
Pela manhã ela não aguentou e levou o bebê para o médico avaliar se o gesso tinha ficado apertado, mas o Dr Leonardo não atendia naquele dia, então outro médico o atendeu e verificando constatou que não estava apertado.

Voltando para casa ele já ficou mais calmo e conseguiu dormir, acho que ele queria era passear...rsrsr, brincadeira.

Lógico que é muito incômodo estar com as duas pernas enjerçadas e com os pés torcidos.

Para trocar a fralda e dar banho é um tormento tem que ter duas pessoas.
Estou deixando bem claro para que vocês entendam bem o processo e não se assustem. Desistir, jamais!

O tratamento usado em J. Pedro conforme minha procura e informações dadas pelo Dr Leonardo é a técnica de Ponseti, foi desenvolvida pelo ortopedista espanhol Dr Ignacio Ponseti residente na cidade de Iowa, nos Estados Unidos. Há mais de 30 anos, ele estudou essa condição ortopédica.

A órtese de Denis Browne (a botinha)que será usada, seu objetivo é impedir a reincidencia e a perda da correção obtida com as manipulações e o gesso. O que é comum, e freqüente, exigindo o controle por parte do ortopedista com muito critério, pelo menos até os seis anos de idade. Por isso, a botinha é utilizada pelo período de 3 meses, uso contínuo, e à noite por cerca de 3 anos.

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